"A banker told me 2 years ago that there had been an intellectual breakthrough in understanding for the banks that changed the whole way they did business. He looked at me and his eyes widened — this was in England — and he said “We found that the poor are honest!” and then he laughed uproariously as if “how dumb can you be?”.
The belief is that the poorer you are the more you believe as a matter of honor that you have to pay the debt that you owe.
It’s the opposite of Donald Trump. Who essentially whenever he can’t pay he goes to the bank and says “Boy are you in trouble. I can’t pay the loan. Let’s renegotiate it, I’ll give you 50 cents on the dollar”. And he was able to do that for instance for his Atlantic City properties."
Michael Hudson, Historiador de Economia.
Por isso os bancos deixaram de se preocupar com a capacidade de endividamento das pessoas. Elas irão até às ultimas, comendo arroz e feijão a vida toda para pagar uma divida que está muito acima das suas capacidades.
Estamos sempre a reinventar a escravidão.
15 comentários:
não há dúvida alguma que o que me faz vir aqui diariamente é a assertividade daquilo que escreve l.rodrigues .. não tem a ver com este post específico, que mais assertivo não poderia, mas fica a minha opinião sobre as leituras que por aqui faço.
:)
Obrigado,
É uma opinião que considero, acredite.
Quanto à assertividade, espero que não dê a impressão de uma segurança e erudição excessiva, porque apenas tento partilhar os recantos onde me leva a minha curiosidade.
Uma coisa descobri: os factos andam aí, o que muda é a história que se conta sobre eles. Despidos dessas narrativas, a realidade é nua, crua e frequentemente amarga. Como o sabor deste post.
não dá essa impressão .. nada a temer :) simplesmente acho que é isso mesmo que aborda: a realidade sem véus, sem "pilulas doces" .. :)
Obrigada
Sempre atento, como de costume, amigo L. E "cobertinho" de razão... "from top to toe"...
Beijinhos e bom fim-de-semana.
Os pobres são, inequivocamente, o grande problema de qualquer economia. Acabe-se com eles, seja lá como for, e a ver se os índices não melhoram todos. Se depois se aguentam ou não já é outra questão... Uma coisa de cada vez.
Precisamente, José.
Há quem ache que isso pode estar a ser planeado, mas um pouco ao estilo do gestor que, para aumentar o nível de satisfação dos seus colaboradores, despediu todos os que andavam insatisfeitos.
Parabéns pelo post!
Não podia ser mais pertinente - num dia em que mais uma vez se divulgou um acréscimo nos rendimentos dos bancos, supostamente equivalente ao acréscimo no número de portugueses que levam algumas dívidas para a cova.
Cumprimentos
Obrigado,
e bem vindo.
Outra ilação possível é a de que quanto menos honesto mais se enriquece mas logo se viria dizer que estamos sempre a reinventar a dor de cotovelo
Zé ninguém,
è um ponto de vista. É o da politica da inveja de que a Thatcher falava. Mas tenho a certeza de que os portugueses que TRABALHAM e mesmo assim são pobres (precisando de ajudas como o Banco Alimentar), sofrem de mais do que dor de cotovelo.
Caro
Insurjo-me apenas contra os pobres de espírito que empobrecem, de facto, a manter telefones móveis topo gama e automóveis acima das suas possibilidades recorrendo irresponsavelmente a créditos descartaveis com TAEG's gigantescas, disponibilizados por instituições que não lhes fazem as perguntas que deviam, eles próprios, colocar a sí mesmos, mas que não colocam porque se o do lado têm eu também tenho de ter sem cuidar de saber se ele teve mérito ou se eu tenho essa possibilidade (Não acha dor de cotovelo apropriado chame-lhe outra coisa).
Sou voluntário activo do Banco Alimentar Contra a Fome e fico envergonhado de ver milhares de pequenos comerciantes despojados do seu ganha pão pela ASAE com desculpas de ordem meramente técnica, mesmo que o produto sirva o propósito do meritório trabalho da referida instituição.
Eu TRABALHO e não sendo pobre, nem rico, , pago sempre as minhas dívidas que contraio com responsabilidade.
E eu nem dívidas contraio, embora possa vir a fazer uma excepção para uma casa. Mas a questão não é bem essa.
A pressão comercial e consumista não tem equilíbrio na formação e educação da maior parte das pessoas. O consumidor perfeito com que se fazem os modelos de mercados ideiais é um mito.
As pessoas fazem consistentemente más escolhas. (Até o Zé Niguém) Por isso caberia a quem de direito, porque sabe e pode, proteger, no limite do bom senso, e informar e formar. Só que isso é "mau para a economia"... Que mercado desencoraja o consumo?
Repare, eu enfatizo apenas a responsabilidade individual, ou a falta desta, como principal causa da escravatura sem desvalorizar a importância reguladora e formadora dos Estados e das empresas nas suas responsabilidades específicas nomeadamente a responsabilidade social e de informar que, uns e outras, devem preconizar.Esta visão de mercado é, porventura, tão utópica como pretender que seja o mercado a desencorajar o consumo, ou defender que a "origem do mal" está apenas do lado de quem procura o lucro.Estou à procura dos cinzentos desta discussão.
Há demasiado tempo a falar a sério:)
http://absolutamenteninguem.blogspot.com/2007/05/taeg-no-sei-o-que.html
Aguardo post de primeira página para continuarmos a nossa, a meu modesto ver, profícua prosa ;)
Caro Zé,
Terei muito prazer em voltar ao assunto, mas aqui o Designorado tem ritmos próprios. Enquanto o tal post não sai, espreite um que escrevi nos começos, acho que foi logo o segundo.
Acho que o posso considerar um rascunho do que poderia dizer sobre o assunto:
http://designorado.blogspot.com/2006/01/liberdade-livre-arbtrio.html
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