28 janeiro, 2009

Dear Davos

A CNN convidou algumas vozes da blogosfera a escrever perguntas que seriam colocadas no Forum Económico Mundial, em Davos.
A pergunta formulada pelo, muitas vezes citado no Designorado, Eurotrib foi logo a primeira:

"Why are we still listening to the people whose ideas and policies drove us into the current crisis?"

A resposta, para quem quisesse ouvir era simples:

"Porque ainda somos nós que temos o poder."

Ocorrem-me soluções (de resto, já testadas) para esse problema. Infelizmente, todas envolvem guilhotinas.

27 janeiro, 2009

História Viva

A Vanity Fair tem uma peça chamada "A História Oral da Administração Bush".
Ao que parece alguns protagonistas já começaram a contar como foi.

A mim só me ocorreu, mente simples que sou, como teria sido diferente uma história oral da administração Clinton. E provavelmente mais interessante.

26 janeiro, 2009

Dois seguidos

dois post de Youtube...
e Jazz...
Mas eu sou assim de impulsos... e só hoje é que descobri exactamente quem era Max Roach...

23 janeiro, 2009

Há opiniões e opiniões

O Designorado reconhece que as mesmas ideias ditas por pessoas diferentes, têm peso diferente.
Assim, pelo menos temporariamente, vou fazer a experiência de veicular os meus plágios, picanços e outras reflexões sobre um imaculado fundo cor de salmão, a cor dos "Serious People (TM)".

Estou convencido de que vou passar a ser lido com outros olhos.

22 janeiro, 2009

O perigo Vermelho está de volta

Uma série de artigos oriundos de perigosos ideólogos marxistas reclama o regresso a uma espécie de PREC, nacionalizando os meios de produção (de crédito).

A ler no sempre atento Eurotrib.


para quem não tem pachorra para as minhas brincadeirinhas, o link leva a uma compilação de artigos no Financial Times e The Economist, sugerindo precisamente essa solução para a insolvência cada vez mais evidente dos bancos britânicos, e face à falta de adesão dos banqueiros ao espirito das ajudas entretanto disponibilizadas.

O perigo afinal é cor de salmão...

21 janeiro, 2009

Uma perspectiva optimista

Sobre a Crise, houve um tipo que escreveu isto:

"O mundo foi lento a perceber que vivemos este ano à sombra da maior catástrofe económica da história moderna. Mas agora o homem da rua apercebe-se do que está a acontecer, ele, sem saber as causas e os porquês, está tão cheio hoje do que poderão ser medos excessivos como, previamente, quando os problemas começaram, lhe faltava o que teria sido uma razoável ansiedade. Ele começa agora a duvidar do futuro. Estará ele a acordar de um sonho agradável para enfrentar a escuridão dos factos? O a cair num pesadelo que eventualmente passará?

Ele não precisa de duvidar. O passado não foi um sonho. Isto é um pesadelo que de manhã terá passado. Porque os recursos da natureza e o engenho do homem são tão férteis e produtivos como eram. O nosso progresso na resolução dos problemas materiais da existência não é mais lento. Somos tão capazes agora como antes de providenciar um nivel de vida elevado a todos — elevado comparado com por exemplo, há 20 anos atrás — e em breve aprenderemos como ter um nivel ainda maior. Não estávamos enganados. Mas hoje estamos envolvidos num atoleiro colossal, tendo falhado no controlo de uma máquina delicada, cujo funcionamento não compreendemos. O resultado é que as nossas possibilidades de riqueza poderão ser desperdiçadas por uns tempos. Talvez por muito tempo."

Tradução minha, foi escrito por John Maynard Keynes no começo do seu "The Great Slump of 1930"

Tirando esta parte:
"Porque os recursos da natureza (...) são tão férteis e produtivos como eram."
não vejo porque não partilhar do optimismo.


19 janeiro, 2009

The future's so bright, i gotta wear shades

Nos EUA e no RU, os responsáveis ponderam já um segundo pacotão de salvamento dos bancos. Aparentemente o primeiro não estará a cumprir a sua missão. Também aparentemente isso dever-se-á à ausência de condições no primeiro que obrigassem os bancos ajudados a emprestar esse dinheiro. Isso não constou dos protocolos porque seria uma ingerência intolerável dos governos na gestão dos bancos. Ou seja, o sistema bancário mundial gerou um buraco sem fundo e os banqueiros pretendem que atiremos dinheiro lá para dentro até acontecer qualquer coisa, não se sabe bem o quê.

Entretanto na City e em Wall Street corre a seguinte citação atribuida a Karl Marx:

"Owners of capital will stimulate the working class to buy more and more of expensive goods, houses and technology, pushing them to take more and more expensive credits, until their debt becomes unbearable. The unpaid debt will lead to bankruptcy of banks, which will have to be nationalized, and the State will have to take the road which will eventually lead to communism."

Ora, até eu que nunca li Marx percebo que ele nunca disse nada disto. A "working class" de que ele falou não tinha acesso a crédito fosse para que fosse. Era mais trabalhar 16 horas por dia, e tens sorte se não levares pancada. Nem o estou a ver a falar de tecnologia... Ou os trabalhadores de Manchester no século 19 a comprar o modelo mais recente da Bell.

Quem quer que tenha escrito isto estava certamente a pensar: hmm, os bancos vão com os cães e acabam todos nacionalizados... ALARME!!! Nacionalizar=COMUNISMO!!!!!

E assim, com um pouco de histeria, se gera má vontade contra aquela que será, provavelmente, a única solução pragmática.

15 janeiro, 2009

Flor de estufa

É o que eu sou.
Agora foi a gripe...

Como serviço público, refiro que a www.edge.org já tem a sua pergunta anual no ar, com as dezenas de respostas interessantes. Desta vez, há um apelo a uma certa futurologia que costuma dar mau resultado, mas é sempre estimulante. Ainda não li nenhuma das respostas.

06 janeiro, 2009

Bem vindos ao fim

Não se assustem, foi só uma coisa que recebi por mail, e passo a transcrever:

"bem-vindos ao fim,

Talvez você esteja ocupado e não tenho tempo na procura de uma prenda para a sua amante, seus amigos ou sua família, favor entrar em nosso site: ( omitido por mim que deve ser uma coisa cheia de virus). Escolhe as melhores ofertas para eles. Podemos desistir seu pacote como um dom e enviá-los directamente para o seu amor demonstrado.
Podemos enviar o pacote para você no menor tempo possível. "

Resoluções de Ano Novo

  1. Fazer a barba mais vezes.
  2. Tirar melhores fotografias.
  3. Tirar a carta (hahahahahahahahahaha)
  4. Arranjar ponta por onde se me pegue. (Private joke, que assim de repente me parece mais porca do que era intenção.)
  5. Usar mais os transportes públicos
  6. Fazer um Druida chegar a nivel 80
  7. Escrever umas cenas, quiçá uns actos.
  8. Ir ao Kentuky, se o convite se mantiver e a crise deixar
  9. Em caso de 3 (hahahahahahahahahaha) ser bem sucedido, arranjar um carro a pilhas.
  10. Perder peso. E não voltar a encontrá-lo.
  11. Ser mais feliz, em geral.
  12. Descobrir o que é este alto que tenho aqui.
  13. Tornar-me uma pessoa mais resoluta.
E acho que para já é tudo.

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