08 julho, 2008

Como salvar o que não está em perigo?

Nesta aproximação às eleições presidenciais americanas, um dos temas recorrentes é o que fazer para salvar a "Segurança Social".

A Social Security americana prende-se essencialmente com os programas de apoio à terceira idade, garantindo niveis minimos de subsistência e de saúde a quem não tem outros meios.
O envelhecimento dos "baby-boomers" lançou o alarme sobre a viabilidade do sistema. Com base nesta visão pessimista, George Bush tentou privatizar o programa, com o argumento de que cada um era o melhor indicado para gerir as suas próprias poupanças, e não o governo.

Acontece que a Segurança Social americana, tal como está, sem alterações, tem solvência garantida até 2046. Ou seja, não existe nenhum problema especifico com o programa e a sua sustentabilidade. Este facto é repetido frequentemente por Dean Baker, um economista que costumo ler e que dedicou o seu blog a criticar as incongruências da imprensa económica.

Se o sistema está garantido até 2046, porquê esta insistência?
Será que alguém sabe alguma coisa sobre como será a economia ou demografia em 2047, e não quer partilhar com o resto do mundo?

Adenda:E será que cá, reconhecendo que somos um país muito mais pobre e com um estado com mais responsabilidades sociais, não haverá quem insista no desmantelar dessas responsabilidades apenas porque tem uma fé ideológica qualquer ou, mais provavelmente, interesses particulares num banco ou seguradora?

5 comentários:

Anónimo disse...

Nem mais!
Pede-se, é legitimo e aparece;)

L. Rodrigues disse...

Não sei é que faça com aquela petição do quarentão com azar ao amor.

CPrice disse...

Será que a Social Security comparticipa os tais úteros bla bla bla .. preocupa-me isto.

Quanto à sua pergunta L. Rodrigues, que de retórica nada tem, inclino-me para o "mais provavelmente" ..

L. Rodrigues disse...

A social security neste caso, apenas comparticipa úteros com mais de 65 anos. Por esse lado não tem que se preocupar, miss Once.

CPrice disse...

(agora fez-me rir)