20 abril, 2006
Mil palavras
Alguns números sobre a desigualdade. À medida que as sociedades ocidentais foram reequilibrando as forças depois do período de "laissez faire" que dominou o século 19, conseguiu-se atingir um máximo de distribuição da riqueza entre as décadas de 50 e principio de 80. Estas curvas representam a percentagem dos ganhos totais do país (EUA, França e Inglaterra) que vão para os 0,1% mais ricos.
É interessante sobrepor estes dados aos do PIB do mundo, per capita, durante o século 20, apurados pelo FMI.
Não sou economista nem pretendo ser, mas é interessante que o período de maior distribuição de riqueza seja também o de maior riqueza. A teoria de cortar os impostos dos mais ricos e os ordenados dos mais pobres, para promover o crescimento económico, parece-me esbarrar na realidade.
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4 comentários:
Olhando para a coluna da esquerda, e vendo que vai até 1913, quase se deseja que venha já uma guerra mundial, logo seguida por outra, a ver se isto melhora um bocadinho. Se é que não começou já.
Isto é uma estreia, nunca tinha colocado imagens no blog....
A realidade, neste caso, alterou-se. Pode ser um indício de qualquer coisa. Ou um início... Lembras-te da velha história da borboleta a bater as asas não sei aonde que desencadeia não sei o quê noutra parte qualquer? Isto, a mudar, tem de começar por algum lado. Começas assim, com uns gráficozinhos e tal. Tudo coisa séria. Um dia destes dás por ti a ilustrar um texto com uma gaja nua, ou até mesmo mais que uma. A partir daí, tudo pode acontecer. Pode, por exemplo, a gaja enfurecer-se de se ver assim exposta e punir-te. Pode vir uma turba de fundamentalistas escandalizar-se para cima de ti. Pode ser apenas um primeiro passo no sentido de uma nova carreira, que te levará a tornares-te o Hugh Heffner do século XXI. Pode até não acontecer nada, mas isso é praticamente impossível. No mínimo é uma inovação, no sentido mais pacote-de-batata-frita do termo, é certo, mas ainda assim uma inovação. Donde, é bom. Há que não esquecer que, ainda antes da história da borboleta, o próprio Deus, a cada coisa nova que dizia/fazia/acontecia, contemplando-a reagia com um "olha, acho bem". Ou, como dizia o outro apenas com um adjectivo: gostei.
Caiu um muro em 89, lembras-te, lá no inicio da curva de noventa no gráfico tão bem colocadinho por ti?
Ergueu-se logo outro lá para os lados do petróleo e do Alcorão. O Muro morreu, viva o novo Muro.
Tem de se arranjar sempre um muro novo na cabeça desta gente...
E os que vão atrás da dança aproximam a riqueza da pobreza...
Sabes que mais? É a estupidez, culto! ...é o que é...
Olha, como dizia o outro sobre o outro: gostei.
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