22 abril, 2008

Teria muita curiosidade...

...De saber o que algumas pessoas que conheço, e outras que não, teriam a dizer sobre isto:

"Contrary to myth, Christianity's concept of marriage has not been set in stone since the days of Christ, but has evolved both as a concept and as a ritual. Prof Boswell discovered that in addition to heterosexual marriage ceremonies in ancient church liturgical documents (and clearly separate from other types of non-marital blessings such as blessings of adopted children or land) were ceremonies called, among other titles, the "Office of Same Sex Union" (10th and 11th century Greek) or the "Order for Uniting Two Men" (11th and 12th century)."


A mim, dá-me para rir das caras deles, mesmo sem os estar a ver.

10 comentários:

CPrice disse...

(...) That evidence shows convincingly that what the modern church claims has been its constant unchanging attitude towards homosexuality is in fact nothing of the sort. (...)

O grande problema caro L. não é o que se ensina mas como se ensina .. sempre foi e enquanto não mudarem as mentalidades, sempre assim será. Creio em Deus mas não no que os homens advogam e praticam em Seu nome e a coberto do legado que nos deixou.

(welcome back) :)

Anónimo disse...

Já estava com saudades do meu amigo. E para ser franco, também estava à espera de algo "pouco consensual" ;). Eh pá l., olha sabes o que te digo? que isso é muito à frente, meu caro... ;)

José, o Alfredo disse...

Se for para voltares sempre assim, vale a pena deixares-nos uns tempos de pousio!

Anónimo disse...

Boswell era homossexual e também era cristão, era católico para ser mais precisa, e não apenas de nome. Esta foi mais uma das tentativas que fez para "casar" estas duas facetas da sua vida, o que sempre lhe valeu ataques tanto por parte da comunidade gay, que o considerava um traidor, como da comunidade cristã, que o considerava um herético. A obra dele, quase toda dedicada a estes dois temas em particular, é a prova de que a igreja católica é uma fraude, hipócrita, yada, yada, yada,... Um petisquinho, portanto. Nada de novo, como sempre. Até porque estas palavras já têm alguns anos em cima (pelo menos, tantos quantos a morte do seu autor) e não vejo que tenham causado grande comoção ou que, com tanta evidência junta, tenham feito mudar alguma coisa. Tudo assenta numa interpretação pessoal de Boswell (“excesso interpretativo” foi mais uma das acusações que lhe fizeram). Há outras, igualmente documentadas e sérias e credíveis e whatever sobre esses mesmos ícones, personagens, eventos, mencionados no artigo. É lê-las para rir mais um bocado.

Bem sei que andas ocupado, mas já cá fazia falta a tua latosa ;) beijos, fc.

L. Rodrigues disse...

Independentemente do debate académico, não creio que isto demonstrasse que a igreja é isto ou aquilo. Apenas que as "tradições milenares" ou a "ordem natural das coisas" afinal se contam na escala de poucos séculos, e estão sujeitas ao tempo...

Anónimo disse...

Lá estás tu l.!
Convém não confundir a prima do mestre de obra com a obra prima do mestre, i.e., tradições milenares com a ordem natural das coisas. Que ordem natural das coisas?

Anónimo disse...

Os ensinamentos fundamentais e a orientação da igreja vêm, antes de mais do AT, renovados e fortalecidos no NT. Não ignoras por certo que esta tradição é efectivamente milenar. E de modo nenhum sujeita ao tempo (não lhe chamam anacrónica, arcaica, retrógrada, inflexível, rígida...)

L. Rodrigues disse...

Os fundamentos e orientação não foram definidos nuns concílios lá pelo século 4?

E não houve muitas variações de interpretação e ênfase na prática da igreja nos últimos dois mil anos?

Antes de Cristo haveria a tradição judaica e antes dessa outras, cada uma fruto do seu tempo e espaço.

Anónimo disse...

Nunca mais sairiamos daqui, estas "discussões" são intermináveis e, como sempre, não chegamos a lado nenhum... fica lá com a taça, bj :)

L. Rodrigues disse...

Não há taça. Inclusive na fonte (sempre o Eurotrib) alguém ripostou que nas culturas da igreja do oriente, ortodoxa, havia rituais para quase todos os aspectos da vida das pessoas. Em alguns locais a união de pessoas do mesmo sexo, provavelmente as descritas por este autor, consagravam uma vida em comum sem no entanto haver qualquer implicação sexual no assunto.

Outras culturas, outra vivência. Não é uma bênção da homossexualidade, mas não deixa de ser exótico...