Estava eu a ver o homónimo programa na Sic Notícias, coisa que não tenho por hábito, quando o assunto passou para a abaixo referida questão francesa, da tal lei do trabalho.
Foi com consternação que vi que de entre 5 supostamente inteligentes, informados e normalmente, contestatários participantes apenas um mostrou um discurso sobre os acontecimentos que se afastava do mantra oficial sobre o assunto.
Os "direitos" dos trabalhadores, passaram a chamar-se privilégios. A "economia actual" apresentada como uma inevitabilidade dos tempo, uma força maior do que qualquer outra. Foi dito que a única maneira de ser competitivo é "oferecer produtos mais baratos" etc etc.
Há um movimento mundial na economia que visa transferir riqueza do domínio publico para o domínio privado, e dentro deste para os accionistas e quadros superiores. É tão simples como isso. E isso implica menos impostos para os mais ricos e menos capacidade politica e económica para os mais pobres, entre os quais cada vez mais se inclui o que era chamado a classe média.
Chamo a atenção para este artigo (em inglês), que conclui desta maneira: "Nesta perspectiva, o que em França pode parece uma defesa estéril de uma ordem social e económica obsoleta, pode bem ser interpretado como um apelo premonitório para um novo, mas humano, modelo que o substitua. Pode ser a oportunidade da Europa. "
26 março, 2006
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