Nos EUA e no RU, os responsáveis ponderam já um segundo pacotão de salvamento dos bancos. Aparentemente o primeiro não estará a cumprir a sua missão. Também aparentemente isso dever-se-á à ausência de condições no primeiro que obrigassem os bancos ajudados a emprestar esse dinheiro. Isso não constou dos protocolos porque seria uma ingerência intolerável dos governos na gestão dos bancos. Ou seja, o sistema bancário mundial gerou um buraco sem fundo e os banqueiros pretendem que atiremos dinheiro lá para dentro até acontecer qualquer coisa, não se sabe bem o quê.
Entretanto na City e em Wall Street corre a seguinte citação atribuida a Karl Marx:
"Owners of capital will stimulate the working class to buy more and more of expensive goods, houses and technology, pushing them to take more and more expensive credits, until their debt becomes unbearable. The unpaid debt will lead to bankruptcy of banks, which will have to be nationalized, and the State will have to take the road which will eventually lead to communism."
Ora, até eu que nunca li Marx percebo que ele nunca disse nada disto. A "working class" de que ele falou não tinha acesso a crédito fosse para que fosse. Era mais trabalhar 16 horas por dia, e tens sorte se não levares pancada. Nem o estou a ver a falar de tecnologia... Ou os trabalhadores de Manchester no século 19 a comprar o modelo mais recente da Bell.
Quem quer que tenha escrito isto estava certamente a pensar: hmm, os bancos vão com os cães e acabam todos nacionalizados... ALARME!!! Nacionalizar=COMUNISMO!!!!!
E assim, com um pouco de histeria, se gera má vontade contra aquela que será, provavelmente, a única solução pragmática.
19 janeiro, 2009
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8 comentários:
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Olhaquisto... já um tipo não pode escrever umas coisas em inglês...
Pronto, já cá faltava preconizares soluções radicais e do século passado. Acho que andas a ler Karl Marx, sim.
Pronto, já cá faltava preconizares soluções radicais e do século passado. Acho que andas a ler Karl Marx, sim.
Deu bug e duplicou.
Deixa lá mike, vale mais um teu repetido do que um como aquele primeiro dos testes de velocidade à borla.
Eu não preconizo... limito-me a citar opiniões informadas.
Radical é atirar dinheiro para a fogueira das vaidades.
Eu sou até bastante conservador: Preferia conservar as minhas poupanças, por exemplo.
E sempre fui mais de poupar para comprar, do que de pedir emprestado para ter já.
Só não uso ceroulas.
Mas se o tempo continua assim...
De qualquer modo não é preciso ser marxista. P. Krugman, de credenciais impecávelmente isentas de qualquer marxismo diz o seguinte:
"A better approach would be to do what the government did with zombie savings and loans at the end of the 1980s: it seized the defunct banks, cleaning out the shareholders. Then it transferred their bad assets to a special institution, the Resolution Trust Corporation; paid off enough of the banks’ debts to make them solvent; and sold the fixed-up banks to new owners."
Quase todas as empresas e muitos particulares precisam de crédito para continuar a mexer-se mesmo que seja para mudar de rumo.
Por dinheiro em buracos sem fundo é assustador e não serve de nada gritar "ao menos fizemos alguma coisa".Não é a primeira vez que acontece algo parecido e já se ouvem vozes que sabem disto (o Krugman, por exemplo). Cá o que me assusta mais é a ligeireza com que se apresentam medidas e o chuveirinho sem critério. Vê-se que muitos só estudaram a cartilha dos modelos que faliram e estão em "roda livre" de disparate em disparate.Há outros caminhos, não sei se haverá outros protagonistas. Estes estão definitivamente esgotados.
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