16 janeiro, 2008

Traduzindo...

"Uma característica de qualquer variável que se multiplica na proporção do seu valor, é o período de duplicação. É elementar demonstrar que uma percentagem relativamente modesta de crescimento leva a tempos de duplicação surpreendentemente curtos. Portanto, um crescimento de 3%, que é típico de uma economia desenvolvida, leva a uma duplicação em pouco mais de 23 anos. As taxas de 10% de economias em desenvolvimento rápido (China...) levam a um duplicar da economia em menos de 7 anos.


Estes números são uma surpresa para muita gente, mas a verdadeira surpresa é que cada periodo de duplicação sucessivo consome tantos recursos com todos os periodos de duplicação anteriores. Este facto pouco reconhecido (explicado em detalhe no apendice 1), está no centro de porque é que o nosso modelo económico actual é insustentável."


E prontos. destaques meus.

8 comentários:

Anónimo disse...

Curioso... isso quer dizer que estamos feitos... há quem desejasse ter outra vez 20 anos, eu às vezes (e esta é uma delas), desejava já ter 70.
E mais uma vez obrigado ;)

L. Rodrigues disse...

Só estamos feitos se não mudarmos.
Num livro que ando a ler, sobre o colapso de diversas sociedades na História da humanidade, o autor pergunta-se:

O que estaria a pensar o homem que cortou a última árvore da ilha da Páscoa?

Ainda não cheguei ao capítulo em que ele tenta uma resposta.

Anónimo disse...

... o livro é muito longo? ;)
Tenho a sensação que haverá uma excelente razão para ele a ter cortado... ou uma boa ra$ão... Acaba lá o livro e partilha com a malta...

marta r disse...

Portanto, o melhor é não haver crescimento para também não haver redução de recursos?
Baralhei-me!

L. Rodrigues disse...

O melhor é não haver crescimento para além de um certo ponto, sim.
De resto, cada vez acredito mais que o crescimento é um álibi.

A disse...

Nós por cá, não, não é todos bem, que por cá andamos a reboque do pior que se faz por lá. Mas nós por cá, agradecidos pela tradução;)

João Villalobos disse...

O home que cortou a última árvore estava a pensar fazer com ela uma canoa, a fim de ir dar cabo das árvores na ilha vizinha. And so on. Até ao off (a gripe torna-me pessimista)

L. Rodrigues disse...

Pois é Jv,

O problema da ilha da Páscoa é que não tinha ilhas vizinhas.

Um pouco como nós, "Lost in the stars" e coisa e tal.