Já por aqui andaram no cover de William Shatner, mas os Pulp mereciam ser vistos ao vivo.
Eu não sou muito de ir a concertos. Acho que se tivesse estado neste podia ter mudado de ideias.
21 dezembro, 2007
20 dezembro, 2007
Uma coisa que não consigo perceber
Nos países "normais" depois de uma bolha de especulação imobiliária, há uma quebra nos preços, enquanto o mercado encontra a sua sanidade, ou coisa que o valha.
Paul Krugman tem uns gráficos que ilustram isso para os EUA e para a zona de LA, por exemplo.
Em Portugal, nada. O mais que acontece é os preços deixarem de subir.
Ou a especulação foi tal que o imobiliário ficou basicamente pago, e os construtores podem ficar sentados em cima de casas vazias à espera de melhores dias, ou passa-se qualquer coisa de estranho.
Alguma ajuda por aí? Ou o pior ainda está para vir, quando os maus negócios vierem ao de cima?
Paul Krugman tem uns gráficos que ilustram isso para os EUA e para a zona de LA, por exemplo.
Em Portugal, nada. O mais que acontece é os preços deixarem de subir.
Ou a especulação foi tal que o imobiliário ficou basicamente pago, e os construtores podem ficar sentados em cima de casas vazias à espera de melhores dias, ou passa-se qualquer coisa de estranho.
Alguma ajuda por aí? Ou o pior ainda está para vir, quando os maus negócios vierem ao de cima?
O assunto é sempre o mesmo
Mas os números não cessam de me espantar.
"The poorest fifth of households had total income of $383.4 billion in 2005, while just the increase in income for the top 1 percent came to $524.8 billion, a figure 37 percent higher".
Ou seja, para quem lê mal como eu li à primeira, o AUMENTO dos rendimentos dos 1% mais ricos nos EUA, foi maior do que o rendimento TOTAL dos 20% mais pobres.
A História adverte que a desigualdade faz mal à saúde.
"The poorest fifth of households had total income of $383.4 billion in 2005, while just the increase in income for the top 1 percent came to $524.8 billion, a figure 37 percent higher".
Ou seja, para quem lê mal como eu li à primeira, o AUMENTO dos rendimentos dos 1% mais ricos nos EUA, foi maior do que o rendimento TOTAL dos 20% mais pobres.
A História adverte que a desigualdade faz mal à saúde.
19 dezembro, 2007
Hoje, mais importante do que fazer anos
É ler este post no Eurotrib.
Numa quadra em que a caridade vem ao de cima, fica um exemplo das consequências das mesmas quando desenquadradas de politicas públicas de solidariedade:
A caridade de Bill Gates pode estar a matar mais pessoas do que as que salva.
Numa quadra em que a caridade vem ao de cima, fica um exemplo das consequências das mesmas quando desenquadradas de politicas públicas de solidariedade:
A caridade de Bill Gates pode estar a matar mais pessoas do que as que salva.
Hoje
Deixei de ter 40 anos. Não sei porquê mas fazer anos não é uma coisa que me desperte grandes sentimentos. Pelo contrário, parece despertar os mais pequenos. Enfim... Amanhã celebrarei com alegria os meus 41 anos e um dia. Isso sim, é uma efeméride.
13 dezembro, 2007
Nobody expects the Western Inquisition
Via Hullabaloo,
cheguei a este esclarecedor relato sobre a efectividade da tortura.
Um processo por bruxaria na Alemanha do século 17.
Nada que os dias de hoje conheçam, felizmente, não é?
cheguei a este esclarecedor relato sobre a efectividade da tortura.
Um processo por bruxaria na Alemanha do século 17.
Nada que os dias de hoje conheçam, felizmente, não é?
12 dezembro, 2007
10 dezembro, 2007
Peace Liberty and Revenge for all
Uma história escabrosa ocorrida do lado de lá do Atlântico.
Um miúdo de 20 anos empresta um carro a um amigo. O amigo vai com outras pessoas a casa de um dealer e a filha deste é morta. O miúdo que emprestou o carro apanha prisão perpétua.
"No car, no murder" disse o promotor.
Como disse um amigo meu ao saber desta história,
"Então e os fabricantes de roupas? Se eles estivessem nus, não tinham saído de casa."
Via A Tiny Revolution.
Um miúdo de 20 anos empresta um carro a um amigo. O amigo vai com outras pessoas a casa de um dealer e a filha deste é morta. O miúdo que emprestou o carro apanha prisão perpétua.
"No car, no murder" disse o promotor.
Como disse um amigo meu ao saber desta história,
"Então e os fabricantes de roupas? Se eles estivessem nus, não tinham saído de casa."
Via A Tiny Revolution.
06 dezembro, 2007
Eu vi!!! Juro!!! E ouvi.... acho...
Confirmação da mensagem Satânica em Stairway to Heaven. Extremamente aconselhado.
Para ver noutros formatos ou fazer download ir aqui.
04 dezembro, 2007
Riding through the Glen
Recentemente foi notícia em alguma imprensa económica a história de Enzo Rossi, o empresário italiano que resolveu viver durante um mês com o ordenado de 1000 euros que pagava aos seus empregados.
Chegado ao dia 20, estava nas lonas. Nas suas palavras, “Tive que me render, e se encontrasse 6 ou 7 amigos a quem oferecer um aperitivo?”.
Posto isto, deu um aumento de 10% a todos os seus 20 empregados. A empresa de “pasta” de Enzo faz 1,6 milhões de euros de lucro por ano, o aumento terá custado, nas minhas contas muito grosseira, menos e 100 000 euros ano, certamente. (Considerando 56000 euros líquidos (20x14x100) mais uma margem para contribuições).
Esta história é interessante a muitos níveis. Desde logo o subtítulo da noticia: “O robin dos bosques dos empresários”
O Robin dos Bosques roubava aos ricos para dar aos pobres? A quem “rouba” Enzo? Não seria mais justo dizer que era ao contrario, antes de ele se dar conta das condições que oferecia aos empregados? De certa forma, roubava aos pobres para dar aos ricos.
Da mesma forma que os nobres normandos não podiam usar outra estrada, também os empregados de Enzo não têm muito mais hipóteses do que aceitar os empregos que houver na região, ou tentar a sua sorte noutras paragens pagando o preço das famílias que se separam e dos amigos que se perdem.
Os amigos são outro aspecto interessante desta história. Enzo reconhece que o que paga aos empregados tem servir para mais do que a mera subsistência. Tem que permitir dignidade, alimentada por relações sociais, um lugar entre os outros, o reforço da identidade etc.
Ainda de relevo é o facto de Enzo reconhecer também que vivendo numa comunidade pequena, de menos de 2000 habitantes, se sentiu envergonhado com as condições que oferecia. Ele tem que conviver com as pessoas que para ele trabalham, e com outras que deles dependem, como as famílias e os comerciantes locais.
Se Enzo respondesse perante accionistas, o gesto podia ter-lhe custado o lugar de C.E.O.
Não sei dizer se agora os empregados de Enzo ganham um salário mais justo. O aumento de 100 euros provavelmente não vai transformar o seu nível de vida de forma a mudar as suas perspectivas e projectos de vida. Mas certamente aliviou um pouco a sua “ginástica” mensal. Umas crianças vão ter o material escolar que precisavam, uma esposa irá ao cabeleireiro um pouco mais frequentemente. Poderão até dar com mais facilidade aos que têm menos sorte ainda do que eles. Coisas pequenas, que por vezes fazem toda a diferença na história de cada um.
Quanto a Enzo, isto custou-lhe talvez uns 6 % dos lucros. Em vez de ganhar 1.6 milhões, irá ganhar 1,5, a manter-se o nível do negócio. Um preço pequeno a pagar por uma consciência tranquila.
Chegado ao dia 20, estava nas lonas. Nas suas palavras, “Tive que me render, e se encontrasse 6 ou 7 amigos a quem oferecer um aperitivo?”.
Posto isto, deu um aumento de 10% a todos os seus 20 empregados. A empresa de “pasta” de Enzo faz 1,6 milhões de euros de lucro por ano, o aumento terá custado, nas minhas contas muito grosseira, menos e 100 000 euros ano, certamente. (Considerando 56000 euros líquidos (20x14x100) mais uma margem para contribuições).
Esta história é interessante a muitos níveis. Desde logo o subtítulo da noticia: “O robin dos bosques dos empresários”
O Robin dos Bosques roubava aos ricos para dar aos pobres? A quem “rouba” Enzo? Não seria mais justo dizer que era ao contrario, antes de ele se dar conta das condições que oferecia aos empregados? De certa forma, roubava aos pobres para dar aos ricos.
Da mesma forma que os nobres normandos não podiam usar outra estrada, também os empregados de Enzo não têm muito mais hipóteses do que aceitar os empregos que houver na região, ou tentar a sua sorte noutras paragens pagando o preço das famílias que se separam e dos amigos que se perdem.
Os amigos são outro aspecto interessante desta história. Enzo reconhece que o que paga aos empregados tem servir para mais do que a mera subsistência. Tem que permitir dignidade, alimentada por relações sociais, um lugar entre os outros, o reforço da identidade etc.
Ainda de relevo é o facto de Enzo reconhecer também que vivendo numa comunidade pequena, de menos de 2000 habitantes, se sentiu envergonhado com as condições que oferecia. Ele tem que conviver com as pessoas que para ele trabalham, e com outras que deles dependem, como as famílias e os comerciantes locais.
Se Enzo respondesse perante accionistas, o gesto podia ter-lhe custado o lugar de C.E.O.
Não sei dizer se agora os empregados de Enzo ganham um salário mais justo. O aumento de 100 euros provavelmente não vai transformar o seu nível de vida de forma a mudar as suas perspectivas e projectos de vida. Mas certamente aliviou um pouco a sua “ginástica” mensal. Umas crianças vão ter o material escolar que precisavam, uma esposa irá ao cabeleireiro um pouco mais frequentemente. Poderão até dar com mais facilidade aos que têm menos sorte ainda do que eles. Coisas pequenas, que por vezes fazem toda a diferença na história de cada um.
Quanto a Enzo, isto custou-lhe talvez uns 6 % dos lucros. Em vez de ganhar 1.6 milhões, irá ganhar 1,5, a manter-se o nível do negócio. Um preço pequeno a pagar por uma consciência tranquila.
03 dezembro, 2007
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