16 novembro, 2007

Ainda as desigualdades

Este trecho da critica ao livro "Triumph of the wills" no "The Nation" casa bem com aquele post lá atrás sobre mobilidade social.

To the social Darwinist, it is societies with high degrees of intergenerational social mobility that are, in fact, the most backward. They have yet to allow all the talented to rise to the top. By contrast, the most ossified societies are the most advanced, for they have already allowed the best to ascend, where they continue to reproduce superior offspring. Thus, the meritocratic filtering period was always in the past. Perhaps, as the first social Darwinists argued, it was at the dawn of human history? Or, as Clark argues, in the Middle Ages? Or, as Mickey Kaus suggested in his 1992 book, The End of Equality, just a generation ago? Whenever it was, it is not now. The wheat has already been separated from the chaff. A few were already riding high long ago, and the rest continue to be run over.


Por aqui se vê como os Darwinistas sociais não percebem nada de Evolução.

5 comentários:

Anónimo disse...

Darwinismo social é um termo desenquadrado no que diz respeito a mobilidade social. Nem o próprio acreditava que a sua teoria científica tivesse que ter reflexos em teorias governamentais ou de ordem social. E continua a não me agradar a ideia de meter o Estado ao barulho quando a questão é mobilidade social. A interveção do Estado entendo-a como uma visão conservadora, pouco ou nada liberal e que não contribui para a evolução. Cada sociedade é uma sociedade... e o que é válido ou funciona aqui não tem forçosamente que ser válido ou funcionar ali.

L. Rodrigues disse...

Falas de muitas coisas no teu comentário, a maior parte não têm muito que ver com o conteudo deste texto, mas ok, vem de trás.

A intervenção do Estado é determinada pela circunstancia politica. Pode ser conservadora, radical, liberal, pode ser o que as pessoas quiserem (se o estado for de facto representativo da vontade das pessoas, que é o que se pressupõem em democracia). O Estado também intervém SEMPRE na mobilidade social.
Seja promovendo-a, actuando, seja reduzindo-a, ao reduzir-se a funções minimas de segurança interna e externa, como propõem os "liberais".

Quanto ao transplante de modelos de uma sociedade para a outra, estamos inteiramente de acordo.

Anónimo disse...

Vem de trás, de facto, sinal que leio com atenção (e prazer) a Exa. ;)
E como deves calcular, sou mais a favor da parte da intervenção do Estado reduzida ao essencial.

Abraço, l.

L. Rodrigues disse...

Mesmo que isso signifique menos liberdade?
Porque o que se verifica é que onde o estado se retira das suas funções sociais, ficando reduzido à defesa da propriedade e da nação, é que as pessoas perdem a tal mobilidade social. Que mais não é que uma manifestação de liberdade, pelo menos como eu a entendo.

Anónimo disse...

A mobilidade social, também a entendo, como tu, como uma manifestação de liberdade. E os exemplos que nos dás a conhecer são indicadores inquestionáveis da consequência do papel do Estado reduzida ao essencial. Será que se podem tomar como claros exemplos a extrapolar? Sabes que mais? Deixaste-me intrigado e vou (já tinha a intenção) de "estudar" mais sobre o assunto.