14 maio, 2010

É a p... da loucura.

Vamos lá a começar pelo princípio, ou pelo menos por um meio razoável. Há um par de anos o mundo estava para acabar porque havia umas agencias de rating que classificaram de forma errada uns produtos financeiros. Os tais créditos “sub prime” que estavam espalhados por múltiplos fundos por todo o mundo.

Ou seja, por incompetência ou fraude, essas entidades foram co-responsáveis pela crise, em conjunto com os bancos que tiveram a brilhante ideia de inventar aqueles produtos.

Como consequência da crise, tivemos personagens como Alan Greenspan a dizer que aquilo em que acreditou toda a vida de economista, estava errado. E tivemos uma data de gente a engolir umas melhor outras pior o que tinham dito ainda na semana anterior.

Ou seja, assistimos a um episódio em que foi posta em causa quer a idoneidade dos agentes financeiros, quer a própria teoria económica dominante em que se basearam a maior parte dos decisores económicos e políticos do Ocidente nos últimos 20 anos.

E dois anos depois, é como se nada disso significasse fosse o que fosse. Uns tipos que deviam estar no desemprego, ou na prisão, tecem considerações sobre a credibilidade de países, e os nossos politico tremem. E depois os nossos políticos correm a executar “soluções” que têm como pressuposto a tal teoria económica que demonstradamente causou a crise.

Se isto não acabar com uma explosão qualquer de irracionalidade colectiva, porque só a loucura parece fazer sentido face à loucura, teremos mais sorte do que merecemos.

2 comentários:

José, o Alfredo disse...

Mais sorte? Porquê? A não acabar dessa maneira, acabará de alguma outra o regabofe?

L. Rodrigues disse...

pois...