28 setembro, 2009

Politica

É o dia seguinte. Os próximos tempos não me despertam nenhuma angustia ou esperança especiais. Nenhum dos principais candidatos a dirigir o país, (e talvez nenhum dos menos principais), tinha antes das eleições a chave para resolver os problemas do país. Estes, são mais antigos do que os próprios lideres, e mais antigos que os avôs deles. Se não fosse assim, a clarividência de Eça de Queiroz não teria metade do reconhecimento que tem.

O meu critério para votar foi relativamente simples. O mundo está a atravessar uma convulsão e neste momento divide-se em dois grandes blocos, mesmo que heterogéneos. Os que reflectem seriamente sobre o que aconteceu, e os que não o fazem. Votei no partido que me está mais próximo e que deu sinais inequívocos de querer fazer essa reflexão.

Se essa reflexão não for feita a nivel mundial, é quase certo que quando estivermos a pensar que saímos desta crise, estaremos de facto a entrar na próxima.

Acho por isso importante que essas vozes se façam ouvir. Mesmo que por vocação ou insensibilidade não sejam os melhores para colocar em prática o que quer que seja que se torne imperativo, depois.

Por outro lado, ninguém espera que a criança que grita "Mas, o rei vai nú!" tome, logo ali, o lugar do rei.

Mas quando crescer, quem sabe?
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3 comentários:

CPrice disse...

Não sei porquê vinha convencida que lhe leria algo mais "angustiado" hoje .. afinal esta serenidade e confiança no futuro acaba, sem dúvida, por ser a melhor opção, desde que continuemos, individualmente, a fazer algo para que esse "futuro" aconteça.

:) Gostei.
Votos de boa semana.

L. Rodrigues disse...

Obrigado, Miss Once.

Mike disse...

Percebes de política, tu. E olha, se queres saber, encaro os próximos tempos da mesma maneira.