27 fevereiro, 2009
Que cores vestimos nós?
...
I wear the black for the poor and the beaten down,
Livin' in the hopeless, hungry side of town,
I wear it for the prisoner who has long paid for his crime,
But is there because he's a victim of the times.
---
Well, we're doin' mighty fine, I do suppose,
In our streak of lightnin' cars and fancy clothes,
But just so we're reminded of the ones who are held back,
Up front there ought 'a be a Man In Black.
---
I wear it for the sick and lonely old,
For the reckless ones whose bad trip left them cold,
I wear the black in mournin' for the lives that could have been,
Each week we lose a hundred fine young men.
---
And, I wear it for the thousands who have died,
Believen' that the Lord was on their side,
I wear it for another hundred thousand who have died,
Believen' that we all were on their side.
Well, there's things that never will be right I know,
And things need changin' everywhere you go,
But 'til we start to make a move to make a few things right,
You'll never see me wear a suit of white.
...
Ah, I'd love to wear a rainbow every day,
And tell the world that everything's OK,
But I'll try to carry off a little darkness on my back,
'Till things are brighter, I'm the Man In Black.
23 fevereiro, 2009
Bem, talvez mesmo só na fotografia.
Em plena turbulência económica, e num ano em que se antecipa um crescendo de turbulência social e política, os lideres europeus concentram-se no que é mais importante:
Enquanto Sarkosy garante um lugar à direita do Secretário Geral da NATO, (pormenor do compromisso conseguido: apenas quando houver câmaras na sala), rompendo a tradicional distribuição por ordem alfabética, Gordon Brown consegue uma retumbante vitória ao garantir que é o primeiro chefe de governo a ser visitado pelo novo presidente dos EUA, em detrimento do mesmo Sarkosy que também estava em bicos dos pés, como o burro do Shrek (pick moi! pick moi!).
Comentário no Eurotrib acerca de Brown: "hey, Obama changed everything: it's cool to be a vassal again."
Enquanto Sarkosy garante um lugar à direita do Secretário Geral da NATO, (pormenor do compromisso conseguido: apenas quando houver câmaras na sala), rompendo a tradicional distribuição por ordem alfabética, Gordon Brown consegue uma retumbante vitória ao garantir que é o primeiro chefe de governo a ser visitado pelo novo presidente dos EUA, em detrimento do mesmo Sarkosy que também estava em bicos dos pés, como o burro do Shrek (pick moi! pick moi!).
Comentário no Eurotrib acerca de Brown: "hey, Obama changed everything: it's cool to be a vassal again."
18 fevereiro, 2009
Esta semana tem nove dias?
As galinhas têm dentes?
Qual a temperatura que faz no inferno neste momento?
Qual a temperatura que faz no inferno neste momento?
17 fevereiro, 2009
16 fevereiro, 2009
Como eles dizem "Brace yourselves"
"So let’s look at the NBER business cycle data. What we see is that some of those prewar slumps were really, really long: the Panic of 1873 was followed by a recession that lasted 5 1/2 years.
And Keynes explained why: in the absence of an effective monetary or fiscal policy, a recession would have to go on until
the shortage of capital through use, decay and obsolescence causes a sufficiently obvious scarcity to increase the marginal efficiency
So this could go on for a long, long, long, long time."
13 fevereiro, 2009
Strange...
Ora, bem. Como cheguei a este video: fui espreitar no youtube pelo dennis potter, lá havia um video de "accentuate the positive", do detective cantor, depois havia o original do bing crosby, daí voltei ao detective cantor, e ouvi Dry Bones, de onde cheguei a uma versão dos Delta Rythm Boys, ali encontrei uns velhos conhecidos, os Ink Spots, que tinham uma versão de Stranger in Paradise, que por sua vez também foi interpretada por Tony Bennett. E fiquei por ali.
10 fevereiro, 2009
Foi a 19 de Janeiro
De 2006 que escrevi o meu pimeiro post. Não fazia ideia do que estava a fazer, claro. Na verdade ainda não sei.
Por isso vou comentar este artigo que li no outro dia. É uma peça sobre psicologia evolutiva, mais precisamente sobre a determinação genética das orientações políticas. Dá umas pinceladas sobre o assunto, deixando no ar o que se sabe: que numa medida razoável, estimada em 40%, os genes determinam se somos conservadores ou liberais, de direita ou de esquerda, autoritários ou libertários (estava tentado a dizer libertinos, depois explico porquê).
Isto não adianta discutir muito a não ser que sejamos académicos, e estejamos aptos a contrapor as nossas próprias evidências. É assim que eu lido com a ciência. Se eles dizem que é assim, e ninguém tem nada de significativo a obstar, é com isso que eu construo o meu puzzle da existência, que tenho um mas não sei de quantas peças é.
O autor faz todas as ressalvas que se exigem. Isto serve apenas para concluir sobre populações e não indivíduos, o espectro das ideias é complexo e um conservador económico poder ser um liberal social, por exemplo. Etc etc. Não há cá determinismo biológicos absolutos. Há tendências, que podem em determinadas condições ser potenciadas ou contrariadas. Ou seja ainda há a ilusão de livre arbítrio por um lado, e espaço receber influencias do meio por outro.
Onde fiquei de olho arregalado foi quando o autor se alargou sobre os estudos da personalidade autoritária. Diz ele e bem, que os estudos deste tipo de personalidade sempre incidiram sobre os autoritários de direita. Mas, argumenta ele, não faltam autoritários à esquerda, e ninguém fala deles. E dá exemplos de múltiplos incidentes em que esquerdistas tentaram impor a sua vontade sobre os outros, ou sobre ele próprio, tentando inclusive inibir a sua liberdade de expressão.
Isto dou de barato porque gente histérica há em todo o lado.
A minha referência em autoritarismo é o Prof. Robert Altemeyer, cujo livro de divulgação está disponível gratuitamente online, e ele diz sobre o assunto que nos EUA a amostra de pessoas de esquerda autoritária não é suficientemente grande para suportar um trabalho da dimensão do que foi feito desde os anos 50 sobre os RWA (right wing authoritarians), e depois, nos dados trocados com colegas russos parece indicar que os conservadores soviéticos correspondem essencialmente ao mesmo tipo de personalidade, portanto a distinção se existe não é por aqui...
Portanto houve no artigo algo que me encanitou. Este trecho:
"A better way to determine if authoritarianism is genetic would be to ask people what the country’s biggest problems are. Liberals might say the inequality of income or the danger of global warming; conservatives might indicate the tolerance of abortion or the abundance of pornography. You would then ask each group what they thought should be done to solve these problems. An authoritarian liberal might say that we should tax high incomes out of existence and close down factories that emit greenhouse gases. A conservative authoritarian might suggest that we put abortion doctors in jail and censor books and television programs. This approach would give us a true measure of authoritarianism, left and right, and we would know how many of each kind existed and something about their backgrounds. Then, if they had twins, we would be able to estimate the heritability of authoritarianism. Doing all this is a hard job, which may explain why no scholars have done it."
Ele considera simetricamente autoritário querer impor escolhas individuais e limitação da liberdade de expressão e circulação de ideias (os temas dos conservadores) ou exigir que uma industria pague o verdadeiro preço pelo seu produto, ou seja, que não externalize custos penalizando muitos (todos) para beneficio de alguns (o tema dos liberais no que toca ao ambiente e impostos).
Este tipo de distorção e falsas equivalências é muito comum, e foi uma das coisas que aprendi a detectar e expor em 3 anos de designorância.
Estão a ver que até tinha que ver com o aniversário?
Por isso vou comentar este artigo que li no outro dia. É uma peça sobre psicologia evolutiva, mais precisamente sobre a determinação genética das orientações políticas. Dá umas pinceladas sobre o assunto, deixando no ar o que se sabe: que numa medida razoável, estimada em 40%, os genes determinam se somos conservadores ou liberais, de direita ou de esquerda, autoritários ou libertários (estava tentado a dizer libertinos, depois explico porquê).
Isto não adianta discutir muito a não ser que sejamos académicos, e estejamos aptos a contrapor as nossas próprias evidências. É assim que eu lido com a ciência. Se eles dizem que é assim, e ninguém tem nada de significativo a obstar, é com isso que eu construo o meu puzzle da existência, que tenho um mas não sei de quantas peças é.
O autor faz todas as ressalvas que se exigem. Isto serve apenas para concluir sobre populações e não indivíduos, o espectro das ideias é complexo e um conservador económico poder ser um liberal social, por exemplo. Etc etc. Não há cá determinismo biológicos absolutos. Há tendências, que podem em determinadas condições ser potenciadas ou contrariadas. Ou seja ainda há a ilusão de livre arbítrio por um lado, e espaço receber influencias do meio por outro.
Onde fiquei de olho arregalado foi quando o autor se alargou sobre os estudos da personalidade autoritária. Diz ele e bem, que os estudos deste tipo de personalidade sempre incidiram sobre os autoritários de direita. Mas, argumenta ele, não faltam autoritários à esquerda, e ninguém fala deles. E dá exemplos de múltiplos incidentes em que esquerdistas tentaram impor a sua vontade sobre os outros, ou sobre ele próprio, tentando inclusive inibir a sua liberdade de expressão.
Isto dou de barato porque gente histérica há em todo o lado.
A minha referência em autoritarismo é o Prof. Robert Altemeyer, cujo livro de divulgação está disponível gratuitamente online, e ele diz sobre o assunto que nos EUA a amostra de pessoas de esquerda autoritária não é suficientemente grande para suportar um trabalho da dimensão do que foi feito desde os anos 50 sobre os RWA (right wing authoritarians), e depois, nos dados trocados com colegas russos parece indicar que os conservadores soviéticos correspondem essencialmente ao mesmo tipo de personalidade, portanto a distinção se existe não é por aqui...
Portanto houve no artigo algo que me encanitou. Este trecho:
"A better way to determine if authoritarianism is genetic would be to ask people what the country’s biggest problems are. Liberals might say the inequality of income or the danger of global warming; conservatives might indicate the tolerance of abortion or the abundance of pornography. You would then ask each group what they thought should be done to solve these problems. An authoritarian liberal might say that we should tax high incomes out of existence and close down factories that emit greenhouse gases. A conservative authoritarian might suggest that we put abortion doctors in jail and censor books and television programs. This approach would give us a true measure of authoritarianism, left and right, and we would know how many of each kind existed and something about their backgrounds. Then, if they had twins, we would be able to estimate the heritability of authoritarianism. Doing all this is a hard job, which may explain why no scholars have done it."
Ele considera simetricamente autoritário querer impor escolhas individuais e limitação da liberdade de expressão e circulação de ideias (os temas dos conservadores) ou exigir que uma industria pague o verdadeiro preço pelo seu produto, ou seja, que não externalize custos penalizando muitos (todos) para beneficio de alguns (o tema dos liberais no que toca ao ambiente e impostos).
Este tipo de distorção e falsas equivalências é muito comum, e foi uma das coisas que aprendi a detectar e expor em 3 anos de designorância.
Estão a ver que até tinha que ver com o aniversário?
3 anos...
Então esta porcaria faz 3 anos em Janeiro e ninguém me diz nada???
Eu que gramo tanto fazer balanços...
pequena adenda:
Se o meu blogue fosse um cão, teria 21 anos...
Eu que gramo tanto fazer balanços...
pequena adenda:
Se o meu blogue fosse um cão, teria 21 anos...
07 fevereiro, 2009
Realmente...
DSC_5361
Originally uploaded by el.rodrigues
Eu de novo armado em fotógrafo desta vez com uma Garça Real, se a minha ornitologia velha de vinte anos não me engana...
02 fevereiro, 2009
As melhores pessoas
Um dos argumentos mais cómicos, se fizessem rir, que os banqueiros de Wall Street têm contra a nacionalização dos seus bancos falidos, e que é o mesmo que usam para justificar os bónus pagos no final deste ano, já com o dinheiro dos contribuintes, é o de que só com estas práticas podem continuar a seduzir "as melhores pessoas".
De resto, sempre me fez confusão este argumento aplicado ao serviço público advogando remunerações faustosas para politicos, para assim seduzir "as melhores pessoas". Acho duvidoso que alguém cuja principal motivação seja o enriquecimento material próprio, tenha o melhor perfil para servir a sociedade. Mas enfim.
"Melhor" parece ser definido nesta retórica como "a mais capaz de se encher de dinheiro, e que se lixe todo o resto", (nem podemos falar de gerar valor para os accionistas, que esses também estão a arder).
Portanto o que a primeira situação tem de cómico é que foram, e ainda vão sendo, as "melhores pessoas" a atirar bancos e famílias para a falência. E as melhores pessoas querem licença para continuar a fazê-lo. Eu acredito que a maior parte não saberá funcionar noutro sistema.
Deve ser inimaginável para essas pessoas que um executivo de um banco (que depende do estado para não falir) ganhe no máximo tanto como o presidente do país, por exemplo. Coisa que foi sugerida recentemente por uma senadora democrata, do Missouri, creio. Mas ela não devia respeitar as "melhores pessoas", porque se referiu a elas como "idiotas".
As "Melhores Pessoas" nao estão interessadas nisto. Se esse for o caminho da Banca, estou certo que as "melhores pessoas" deverão ir emprestar o seu génio a outras industrias que reconhecem o seu valor. Como, sei lá, a do petróleo, a das armas, ou até a de casacos de foca bebé. É um mundo de oportunidades.
De resto, sempre me fez confusão este argumento aplicado ao serviço público advogando remunerações faustosas para politicos, para assim seduzir "as melhores pessoas". Acho duvidoso que alguém cuja principal motivação seja o enriquecimento material próprio, tenha o melhor perfil para servir a sociedade. Mas enfim.
"Melhor" parece ser definido nesta retórica como "a mais capaz de se encher de dinheiro, e que se lixe todo o resto", (nem podemos falar de gerar valor para os accionistas, que esses também estão a arder).
Portanto o que a primeira situação tem de cómico é que foram, e ainda vão sendo, as "melhores pessoas" a atirar bancos e famílias para a falência. E as melhores pessoas querem licença para continuar a fazê-lo. Eu acredito que a maior parte não saberá funcionar noutro sistema.
Deve ser inimaginável para essas pessoas que um executivo de um banco (que depende do estado para não falir) ganhe no máximo tanto como o presidente do país, por exemplo. Coisa que foi sugerida recentemente por uma senadora democrata, do Missouri, creio. Mas ela não devia respeitar as "melhores pessoas", porque se referiu a elas como "idiotas".
As "Melhores Pessoas" nao estão interessadas nisto. Se esse for o caminho da Banca, estou certo que as "melhores pessoas" deverão ir emprestar o seu génio a outras industrias que reconhecem o seu valor. Como, sei lá, a do petróleo, a das armas, ou até a de casacos de foca bebé. É um mundo de oportunidades.
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