A internet apresenta em exclusivo os ultimos minutos de Mao.
Aviso: inclui um breve trecho de Billy Joel.
28 novembro, 2008
A todos os que se preocuparam
O new bizz não pára, é a crise...
Além disso ando muito fora das notícias e do mundo.
Se alguém finalmente descobrisse a fusão fria, eu era moço para só dar por isso para a semana que vem.
Quando não estou a trabalhar, estou a "trabalhar". Agora já sabem. Mas isto costuma passar-me.
Além disso ando muito fora das notícias e do mundo.
Se alguém finalmente descobrisse a fusão fria, eu era moço para só dar por isso para a semana que vem.
Quando não estou a trabalhar, estou a "trabalhar". Agora já sabem. Mas isto costuma passar-me.
19 novembro, 2008
O Designorado adverte
A conjugação de New-Bizz e febre intestinal pode prejudicar seriamente a capacidade de blogar.
12 novembro, 2008
Oh Lord, wont you give me....
Entretanto, na industria automóvel, surgem notícias de desespero na GM e Ford.
Mas a crise não é para todos.
Mas a crise não é para todos.
10 novembro, 2008
Agora, é preciso apanhar as canas.
Através dos Ladrões de Bicicletas cheguei a este artigo de Joseph Stiglitz "Turn left for Growth".
Acho que nunca encontrei uma síntese tão boa sobre o que deve ser a economia política do século 21. Trata-se essencialmente de contrapor posições de direita e esquerda e filosofias de recuperação económica opostas. Note-se que "esquerda" aqui tem mais que ver com o espectro politico americano do que Europeu. Presumo que o pensamento de Stiglitz não seja propriamente Marxista,... Ainda assim, é à esquerda do que tem sido a politica económica europeia.
Ao inicio do artigo, ia de pé atrás. Já deixei de acreditar no imperativo do crescimento, pelo menos contabilizado como tem sido. Uma economia que cresce 3% duplica em 23 anos, mais coisa menos coisa. Nesse período consome tantos recursos como em toda a sua história. Ou seja, se desde que há petróleo se consumiram 100, nos próximos 23 anos, vão ser consumidos outros 100. Qualquer medida responsável de performance económica deverá focar-se em factores de sustentabilidade.
Assim aqui ficam alguns, poucos, destaques. (sendo que o artigo não é assim tão grande):
"Growth is not just a matter of increasing GDP. It must be sustainable: growth based on environmental degradation, a debt-financed consumption binge, or the exploitation of scarce natural resources, without reinvesting the proceeds, is not sustainable."
....
"Growth also must be inclusive; at least a majority of citizens must benefit. Trickle-down economics does not work: an increase in GDP can actually leave most citizens worse off. America’s recent growth was neither economically sustainable nor inclusive. Most Americans are worse off today than they were seven years ago. "
.....
"A modern economy also requires risk-taking. Individuals are more willing to take risks if there is a good safety net. If not, citizens may demand protection from foreign competition. Social protection is more efficient than protectionism. "
...
"Defenders of markets sometimes admit that they do fail, even disastrously, but they claim that markets are “self-correcting.” During the Great Depression, similar arguments were heard: government need not do anything, because markets would restore the economy to full employment in the long run . But, as John Maynard Keynes famously put it, in the long run we are all dead. "
Vale mesmo a pena ler . No final, fala em escolhas e em votos, numa clara alusão às eleições agora resolvidas. Tomara que o candidato vencedor o tenha lido e, já agora, quem por aqui afirmando-se de esquerda, acha que não precisa de realmente o ser.
Acho que nunca encontrei uma síntese tão boa sobre o que deve ser a economia política do século 21. Trata-se essencialmente de contrapor posições de direita e esquerda e filosofias de recuperação económica opostas. Note-se que "esquerda" aqui tem mais que ver com o espectro politico americano do que Europeu. Presumo que o pensamento de Stiglitz não seja propriamente Marxista,... Ainda assim, é à esquerda do que tem sido a politica económica europeia.
Ao inicio do artigo, ia de pé atrás. Já deixei de acreditar no imperativo do crescimento, pelo menos contabilizado como tem sido. Uma economia que cresce 3% duplica em 23 anos, mais coisa menos coisa. Nesse período consome tantos recursos como em toda a sua história. Ou seja, se desde que há petróleo se consumiram 100, nos próximos 23 anos, vão ser consumidos outros 100. Qualquer medida responsável de performance económica deverá focar-se em factores de sustentabilidade.
Assim aqui ficam alguns, poucos, destaques. (sendo que o artigo não é assim tão grande):
"Growth is not just a matter of increasing GDP. It must be sustainable: growth based on environmental degradation, a debt-financed consumption binge, or the exploitation of scarce natural resources, without reinvesting the proceeds, is not sustainable."
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"Growth also must be inclusive; at least a majority of citizens must benefit. Trickle-down economics does not work: an increase in GDP can actually leave most citizens worse off. America’s recent growth was neither economically sustainable nor inclusive. Most Americans are worse off today than they were seven years ago. "
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"A modern economy also requires risk-taking. Individuals are more willing to take risks if there is a good safety net. If not, citizens may demand protection from foreign competition. Social protection is more efficient than protectionism. "
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"Defenders of markets sometimes admit that they do fail, even disastrously, but they claim that markets are “self-correcting.” During the Great Depression, similar arguments were heard: government need not do anything, because markets would restore the economy to full employment in the long run . But, as John Maynard Keynes famously put it, in the long run we are all dead. "
Vale mesmo a pena ler . No final, fala em escolhas e em votos, numa clara alusão às eleições agora resolvidas. Tomara que o candidato vencedor o tenha lido e, já agora, quem por aqui afirmando-se de esquerda, acha que não precisa de realmente o ser.
07 novembro, 2008
06 novembro, 2008
Foram precisos 30 anos.
Para ir de "There is no alternative" até "Yes we can".
Mas como diriam os americanos, "we are not out of the woods, yet".
Especialmente nós, europeus, com uma ordem institucional largamente construída à volta da primeira ideia.
Mas como diriam os americanos, "we are not out of the woods, yet".
Especialmente nós, europeus, com uma ordem institucional largamente construída à volta da primeira ideia.
05 novembro, 2008
da Desilusão anunciada.
Alguns bloguistas e não só, animados da mais profunda preocupação pela sanidade emocional dos simpatizantes do novo presidente dos Estados Unidos, acham por bem alertar para os perigos de uma desilusão futura.
A eles recomendo este textinho de Ezra Klein.
"My basic emotion is relief. The skill of an Obama administration has yet to be proven. The structure of our government will prove a more able opponent of change than John McCain. But for the first time in years, I have the basic sense that it's going to be okay. Not great, necessarily. And certainly not perfect. But okay. The country will be led by decent, competent people who fret over the right things and employ the tools of the state for recognizable ends. They may not fully succeed. But then, maybe they will. At the least, they will try. And if they fail in their most ambitious goals, maybe they will simply make things somewhat better. After the constant anxiety and uncertainty of the last eight years, maybe that's enough."
Estão a perceber???
A eles recomendo este textinho de Ezra Klein.
"My basic emotion is relief. The skill of an Obama administration has yet to be proven. The structure of our government will prove a more able opponent of change than John McCain. But for the first time in years, I have the basic sense that it's going to be okay. Not great, necessarily. And certainly not perfect. But okay. The country will be led by decent, competent people who fret over the right things and employ the tools of the state for recognizable ends. They may not fully succeed. But then, maybe they will. At the least, they will try. And if they fail in their most ambitious goals, maybe they will simply make things somewhat better. After the constant anxiety and uncertainty of the last eight years, maybe that's enough."
Estão a perceber???
03 novembro, 2008
O Designorado comprometido
Chris Hayes, editor do "The Nation", no seu blogue pessoal chamou a este video "Inspiration Porn"
Na véspera das eleições americanas, o Designorado manifesta o seu apoio Barack Obama, esperando que isso não lhe custe muitos votos.
Na véspera das eleições americanas, o Designorado manifesta o seu apoio Barack Obama, esperando que isso não lhe custe muitos votos.
Porque é que o economista atravessa a rua?
Porque os outros também.
O recorrente Dean Baker alerta-nos para um artigo de Robert Shiller no NYT, onde este revela que uma das razões porque não houve mais vozes dissonantes a alertar para a bolha imobiliária e os concomitantes sinais de crise financeira, foi mais ou menos a mesma que leva bons meninos a fazer más acções: pressão do grupo.
Ser do contra, no meio dos economistas, é mais grave do que estar certo.
Se se é contra, coloca-se a carreira em perigo, não se é convidado para as universidades ou para aparecer na TV, ou para ter uma coluna num jornal influente. Errar não tem problema porque se pode sempre dizer que ninguém podia acertar. Os que previram não pertenciam ao grupo e portanto não eram ouvidos, nem vão ser...
E o melhor de tudo, no fim ninguém é penalizado por aquilo que afinal é incompetência grosseira.
Usando os exemplos de Baker, se o meu ofício for lavar pratos e regularmente partir a louça toda, não duro muito tempo... Já os economistas (os do Grupo), são todos cunhados do patrão.
O recorrente Dean Baker alerta-nos para um artigo de Robert Shiller no NYT, onde este revela que uma das razões porque não houve mais vozes dissonantes a alertar para a bolha imobiliária e os concomitantes sinais de crise financeira, foi mais ou menos a mesma que leva bons meninos a fazer más acções: pressão do grupo.
Ser do contra, no meio dos economistas, é mais grave do que estar certo.
Se se é contra, coloca-se a carreira em perigo, não se é convidado para as universidades ou para aparecer na TV, ou para ter uma coluna num jornal influente. Errar não tem problema porque se pode sempre dizer que ninguém podia acertar. Os que previram não pertenciam ao grupo e portanto não eram ouvidos, nem vão ser...
E o melhor de tudo, no fim ninguém é penalizado por aquilo que afinal é incompetência grosseira.
Usando os exemplos de Baker, se o meu ofício for lavar pratos e regularmente partir a louça toda, não duro muito tempo... Já os economistas (os do Grupo), são todos cunhados do patrão.
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