Há poucos dias atrás, não sabia quem era Jeff Mangum. Nem os Neutral Milk hotel. Nunca tinha ouvido falar. O nome apareceu num blogue de um jornalista americano que costumo ler, Christopher Hayes. Fazia uma referência ao nome e à banda, a propósito de um artigo sobre os mesmos na revista Slate. Acrescentava que para ele o álbum “In the Airplane over the sea” era um dos cinco melhores de sempre.
A Slate conta a história breve da banda, que se dissolveu logo após o seu assomo de sucesso.
Fui ao Youtube e procurei Neutral Milk Hotel. Não parecem ter feito vídeo clips oficiais, tudo o que se encontra são gravações ao vivo de algumas aparições públicas, e videoclips realizados por fans.
O artigo da Slate aguçou o apetite já que referia que para a revista Magnet, dedicada à musica “Independente”, “In the airplane over the sea” era o melhor disco da década de noventa.
Ora, eu vivi nessa década e não conhecer o álbum começou a ser inaceitável. Verifiquei que existia na Amazon. Mas seguindo um conselho de um amigo, tentei ouvir antes de me decidir a comprar.
Para isso recorri a meios que me abstenho de divulgar, porque quem sabe sabe, quem quer saber, descobre e quem não quer escusa de se preocupar.
Em pouco tempo obtive 1.2 GB com o que suspeito serem todas as gravações conhecidas da banda.
Dediquei a minha atenção ao celebrado Álbum. Tem tocado em continuo no meu i-tunes. Não sei se é o melhor da década ou um dos cinco de sempre. Mas vai ficar para sempre comigo.
Vou comprar. O autor vive dos cerca de 25000 discos que vende por ano, ao que parece.
Jeff Mangum saiu de cena. A música não foi o escape que ele procurava para os seus fantasmas pessoais, ser Rock Star nunca foi a sua ambição e encontrou alguma paz noutro modo de vida. Ao que sei ainda faz música, mas diz que não é nada que faça sentido outras pessoas ouvirem. E diz que se ouvirem dizer que ele gravou num estúdio para não ficarem muito excitados, que pode ser apenas um minuto de música e não um disco. Eu, dele e da sua banda, já tenho o que queria e não sabia.
05 março, 2008
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5 comentários:
Devo confessar que não sei se fiquei surpreendido ou não... talvez não tenha ficado. Estou a referir-me às (ou a esta) preferências musicais do meu amigo. Apreciador de Folk (de espírito ou tendência psicadélica). Tivesse sabido disso há mais tempo e talvez não fosse preciso teres tido tanto trabalho. Passo a explicar: o meu irmão, baterista e músico amador (mais maníaco de música) que em tempos fez parte de uma banda, daquelas que dava concertos em liceus e bares sem nome, falou-me de uma banda - Neutral Milk Hotel, muito por culpa de um tal Jeremy Barnes (baterista). Depois ouvimos o In the Airplane Over the Sea que um amigo dele (outro maníaco) trouxera dos EUA, isto lá para o ano 2000 se não estou em erro (mas posso estar enganado). Gostei mas não fiquei fã. Contudo este post trouxe-me à memória bons momentos e soube-me bem ouvir a banda de novo. Só mais uma coisa: estava a estranhar a tua ausência ;)
Did you know the burning hell it took your baby brother?
Did you see how far he fell and how he made us suffer?
Another boy in town at night he took him for his lover
And deep in sin they held each other
So I took a hammer, nearly beat his little brains in
Knowing God in Heaven would have never could forgive him
Trabalho? É certo que o prazer dá trabalho...
o you tube por aqui é personna non grata portanto e contentando-me com a fotografia de Keller digo-lhe professor: ter o que quer sem saber que o queria soa-me a boa surpresa :)tal como é lê-lo de volta.
Cara Once,
enganou-se na menina. É Anne Frank (ou é suposto ser).
No entanto a confusão é fácil e compreensível porque elas ocupam lugares emocionais muito próximos no nosso imaginário. Pelo menos, no meu também.
tem toda a razão caro l. rodrigues :)
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