29 fevereiro, 2008

20 fevereiro, 2008

A Canção de La Palisse

Messieurs, vous plaît-il d'ouïr
l'air du fameux La Palisse,
Il pourra vous réjouir
pourvu qu'il vous divertisse.
La Palisse eut peu de biens
pour soutenir sa naissance,
Mais il ne manqua de rien
tant qu'il fut dans l'abondance.

Il voyageait volontiers,
courant par tout le royaume,
Quand il était à Poitiers,
il n'était pas à Vendôme!
Il se plaisait en bateau
et, soit en paix soit en guerre,
Il allait toujours par eau
quand il n'allait pas par terre.

Il buvait tous les matins
du vin tiré de la tonne,
Pour manger chez les voisins
il s'y rendait en personne.
Il voulait aux bons repas
des mets exquis et forts tendres
Et faisait son mardi gras
toujours la veille des cendres.

Il brillait comme un soleil,
sa chevelure était blonde,
Il n'eût pas eu son pareil,
s'il eût été seul au monde.
Il eut des talents divers,
même on assure une chose:
Quand il écrivait en vers,
il n'écrivait pas en prose.

Il fut, à la vérité,
un danseur assez vulgaire,
Mais il n'eût pas mal chanté
s'il avait voulu se taire.
On raconte que jamais
il ne pouvait se résoudre
À charger ses pistolets
quand il n'avait pas de poudre.

Monsieur d'la Palisse est mort,
il est mort devant Pavie,
Un quart d'heure avant sa mort,
il était encore en vie.
Il fut par un triste sort
blessé d'une main cruelle,
On croit, puisqu'il en est mort,
que la plaie était mortelle.

Regretté de ses soldats,
il mourut digne d'envie,
Et le jour de son trépas
fut le dernier de sa vie.
Il mourut le vendredi,
le dernier jour de son âge,
S'il fût mort le samedi,
il eût vécu davantage.


E tudo começou com um mondegreen...

hélas, s'il n'était pas mort, il ferait encore envie"

Foi interpretado como "il serait encore en vie" e deu origem à canção ali em cima.


18 fevereiro, 2008

17 fevereiro, 2008

Tombos da história

A noticia da nacionalização do banco inglês "Northern Rock" na sequência da sua queda, não aparece como uma surpresa. Segundo algumas pessoas de bom senso perca por tardia, e poderiam ter sido evitados muitos prejuízos se a decisão fosse tomada mais cedo.

Mas a decisão não foi tomada logo porque "Nacionalizar" era uma palavra demasiado feia nos léxicos dos que ditam o que é politicamente correcto no mundo da finança.

Agora que o inevitável aconteceu, a má gestão do processo vai ser imputada justamente a quem o fez, o governo trabalhista, e injustamente à esquerda a que este governo era suposto pertencer.

Isto fez-me pensar que se o comunismo caiu sozinho, o neo-liberalismo vai conseguir o feito assinalável de cair arrastando consigo uma boa parte do que é considerado esquerda. Anuncia-se um vazio que ou é ocupado por uma esquerda assumida e progressista, ou sê-lo-á por coisas muito piores do que os neo-liberalismos.

Claro que posso estar enganado.

13 fevereiro, 2008

Beat the press

Dean Baker
é um economista que mantém um blog de comentário à imprensa económica dos principais jornais americanos. De há uns largos meses a esta parte faz parte das minhas leituras regulares. Por um lado temos uma perspectiva da desinformação generalizada, e por outro uma sã análise de um ponto de vista alternativo onde nunca falta um saboroso toque de humor.

Um exemplo recente:

"...
Fortunately, the media do not hold economists responsible for their failures. The NYT gives us yet another example of non-accountability. At the very end of an article warning that the impact of the housing collapse is likely to be substantial, the NYT reports "The German finance minister, Peer Steinbrück, said members agreed that write-offs at banks related to subprime mortgages could reach $400 billion, about four times estimates just a couple of months ago."

Being off by 300 percent might be considered a serious problem in other lines of work, but apparently not for economists. For the record, I expect total losses for the financial sector to approach $1 trillion."

(destaque meu)

12 fevereiro, 2008

Irão, ou não irão?




Via A Tiny Revolution

Delors vs Lisboa

Só para clarificar umas coisas relativamente ao post anterior sobre o que me parecem as diferenças entre "Delors" e "Barroso" (entre aspas porque personalizar excessivamente estas coisas não é muito util, acho).

PDF (um bocado técnico):

The “Evropeiskii Sojus”, the “City on the Hill” and the “Lisbon Gap”

Abstract.

(...)The relevance of the “Delors” factors for the explanation of economic efficiency, gender justice, employment, social cohesion and sustainable development is shown in multiple regression analyses with 130 countries.

It is shown that Europe indeed corresponds to such an analysis; even worse, it is also to be expected that the “Latin Americanization” of European society will go on, if Europe does not return to the Delors agenda. (Editor`s note: The author is referring to Jacques Delors`”White Paper on growth, competitiveness, and employment: The challenges and ways forward into the 21st century”)

06 fevereiro, 2008

O presidente da europa?

Caso não se tenha percebido, sou "Europeísta". Acho que estaremos melhor se estivermos numa Europa melhor. E para a europa ser melhor, tem que ser mais do que já foi, e menos do que tem sido. Mais Dellors, menos Barroso... menos Agenda de Lisboa, mais convergência social e política.
Por isso arrisco-me a ser o primeiro (certamente dos primeiros) bloguistas cá do pedaço a associar-me a esta petição:


STOP BLAIR

Também em português