Ontem tive oportunidade de assistir a uma entrevista com o economista Miguel Beleza (creio ser este o nome do senhor) na Sic Notícias . Independentemente do enorme ego evidenciado que me implicou com os nervos, não me considero minimamente qualificado para questionar as suas afirmações sobre a presente crise financeira.
No entanto retive uma frase, que ele pediu emprestada ao seu Guru, o economista Paul Samuelson, autor dos manuais escolares de uma grande maioria dos economistas que por aí andam:
"Os economistas não devem nunca fazer previsões, mas se forem mesmo obrigados a isso devem fazer muitas, uma delas pode acertar, e as pessoas pode ser que esqueçam todas as que estavam erradas." Isto ou qualquer coisa do género.
Ora, uma das caracteristicas da Ciência é a sua capacidade de permitir fazer previsões, que a experiência e o método confirmam ou não.
Se a realidade não confirma a teoria, esta deve então ser colocada em causa, e outras serem chamadas ao quadro.
Uma ciência que não permite fazer previsões é por definição inútil. Significa que os pressupostos, metodologias, o edificio intelectual, não encontram eco na realidade.
Para que servem então as coisas que aquele senhor ensina na sua cátedra? Mais valia ensinar astrologia... sempre era mais colorido.
Entretanto, o guru Samuelson, ao que parece, tem uma vasta experiência em previsões erradas por isso sabe do que fala.
14 agosto, 2007
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4 comentários:
Pois não servem para nada meu caro l.rodrigues, se não se fizerem previsões que são um acto elementar de gestão, seja da nação ou da mais humilde casa. Também conseguir ler (não vi a tal entrevista) no teu post algo como um sacudir a água (que ainda não caiu) do capote. Aí sim, já se fazem previsões...
http://portugalonline.blogspot.com/
Aliás, Meu Caro L.Rodrigues, a recomendação participa directamente da constatação voltaireana: "quando se pergunta a dois astrólogos se um recém-nascido atingirá a idade adulta e um se pronuncia pela negativa, enquanto que o outro responde afirmativamente, há pelo menos um que se não engana".
Abraço
Eu e Voltaire... quem diria?
Abraço
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