O último alarme do impacto do declinio da extracção de petróleo, (para o menos atentos, designa-se como Peak Oil o ponto em que a oferta de crude deixa de ser suficiente para a procura), vem de um sector que ainda não me tinha ocorrido, mas que faz todo o sentido.
Os recentes esforços de promoção da produção de bio-diesel como alternativa renovável, levaram já muitos produtores agrícolas a abandonar as culturas de cevada para adoptar outras destinadas à produção de energia. Resultado: responsáveis de cervejeiras como a Heineken já vieram alertar para o impacto no preço e capacidade produtora de cerveja a nível mundial.
Junta-se isto ao resto dos cereais, base de toda a indústria alimentar, e temos um problema sério.
A perspectiva de que temos hoje a capacidade de eliminar a fome no mundo está a ser posta em causa pela sede energética. Se as colheitas para alimentação forem substituidas por colheitas para energia, não vai chegar para todos, nem para comer, nem para ir de férias ao Brasil por 500 euros, tudo incluído. E pelo meio não se faz nada de relevante contra as emissões com efeito de estufa.
Ora, estas questões não são novas, mas a opinião pública não parece particularmente motivada para as enfrentar. Será que o fará se tiver que começar a comer tremoços sem acompanhamento?
27 fevereiro, 2007
15 fevereiro, 2007
12 fevereiro, 2007
Há dias em que não se aprende nada.
E tenho tido demasiados desses...
Por isso, o silêncio.
Nem o recente referendo me fez avançar os pensamentos sobre o assunto numa ou noutra direcção. Embora tenha votado convicto.
Entretanto lá por fora, é divertido verificar que a candidata socialista à presidência francesa
supreeende tudo e todos ao propor um programa... de esquerda! A ousadia! Agora que o pessoal já começava a acreditar que esquerda era Blair e Sócrates e outros assim...
Do outro lado do atlântico aparecem também os candidatos do sistema. É triste pensar que o presidente actual é tão mau que qualquer um dos mais populares parece uma luminária. A fasquia baixou muito nos ultimos anos.
Enfim... umas coisas avulso só para dizer que estou vivo. Mas não muito.
Por isso, o silêncio.
Nem o recente referendo me fez avançar os pensamentos sobre o assunto numa ou noutra direcção. Embora tenha votado convicto.
Entretanto lá por fora, é divertido verificar que a candidata socialista à presidência francesa
supreeende tudo e todos ao propor um programa... de esquerda! A ousadia! Agora que o pessoal já começava a acreditar que esquerda era Blair e Sócrates e outros assim...
Do outro lado do atlântico aparecem também os candidatos do sistema. É triste pensar que o presidente actual é tão mau que qualquer um dos mais populares parece uma luminária. A fasquia baixou muito nos ultimos anos.
Enfim... umas coisas avulso só para dizer que estou vivo. Mas não muito.
02 fevereiro, 2007
Lápis azul
No que respeita ao aquecimento global nem sequer sou dos mais pessimistas. Embora muita gente queira fazer de conta que não vai acontecer nada, porque é sempre mais confortável lidar com um mundo cor de rosa, muitos estudiosos do assunto consideram que mesmo que se cessasem agora todas as emissões de carbono, o mundo continuaria a aquecer até ao final do século. Pode ser que sim. Pode ser que não.
O meu optimismo vem do facto de ter a secreta esperança de que o mundo do petróleo que conhecemos entre em colapso nos próximos 10 anos. Vamos ao ar, mas com um estoiro.
De qualquer modo é sempre interessante ver como se pode chegar a este estado de coisas. Já sabemos que a Casa Branca censurava relatórios relativos ao assunto, como o programa 60 minutos nos disse. Mais relatos em primeira mão vão chegando, de cientistas governamentais americanos que em nome de uma politica de "equilibrio" da informação, podiam usar a palavra Global e podiam usar a palavra Warming, em conferências, desde que não usassem as duas juntas.
Se houver uma catástrofe ambiental nos anos mais próximos, que coloque em risco a civilização tal como a conhecemos, será que nos dão autorização para linchar esta gente? Ou pelo menos julgá-los num tribunal por crimes contra a humanidade?
PS: E mesmo assim não desistem, como se pode ler hoje no Guardian.
O meu optimismo vem do facto de ter a secreta esperança de que o mundo do petróleo que conhecemos entre em colapso nos próximos 10 anos. Vamos ao ar, mas com um estoiro.
De qualquer modo é sempre interessante ver como se pode chegar a este estado de coisas. Já sabemos que a Casa Branca censurava relatórios relativos ao assunto, como o programa 60 minutos nos disse. Mais relatos em primeira mão vão chegando, de cientistas governamentais americanos que em nome de uma politica de "equilibrio" da informação, podiam usar a palavra Global e podiam usar a palavra Warming, em conferências, desde que não usassem as duas juntas.
Se houver uma catástrofe ambiental nos anos mais próximos, que coloque em risco a civilização tal como a conhecemos, será que nos dão autorização para linchar esta gente? Ou pelo menos julgá-los num tribunal por crimes contra a humanidade?
PS: E mesmo assim não desistem, como se pode ler hoje no Guardian.
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