02 dezembro, 2008

A corda

Na blogosfera, este fim de semana, foi bastante referido o congresso do nosso PCP. Sempre igual a si mesmo, o partido comunista lá vai mantendo a sua unidade e linha programática, recusando adaptações, revisões, e muito menos, renegações.

Dei por mim, que nunca tive qualquer laço, influência ou simpatias especiais por aqueles lados a achar que talvez não seja mau que assim seja.

Se virmos a batalha das ideias como uma corda, com uns a puxar de um lado e outros do oposto, é fácil perceber que a corda ficou muito mais curta do lado esquerdo, assim que se instalou a convicção de que o comunismo tinha morrido.Houve uma série de ideias que deixaram de fazer parte das opções a considerar.

Do lado oposto, não só houve esta vantagem como se aproveitou para acrescentar uns metros. Com os resultados que se vêem.

Sou dos que acreditam que nestas coisas a realidade está algures no meio. Mas não no meio que fica depois de se cortarem as pontas. Antes na tensão da corda que se quer grande, com uma utopia individualista numa ponta e uma utopia colectivista na outra.

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