03 novembro, 2008

Porque é que o economista atravessa a rua?

Porque os outros também.

O recorrente Dean Baker alerta-nos para um artigo de Robert Shiller no NYT, onde este revela que uma das razões porque não houve mais vozes dissonantes a alertar para a bolha imobiliária e os concomitantes sinais de crise financeira, foi mais ou menos a mesma que leva bons meninos a fazer más acções: pressão do grupo.

Ser do contra, no meio dos economistas, é mais grave do que estar certo.

Se se é contra, coloca-se a carreira em perigo, não se é convidado para as universidades ou para aparecer na TV, ou para ter uma coluna num jornal influente. Errar não tem problema porque se pode sempre dizer que ninguém podia acertar. Os que previram não pertenciam ao grupo e portanto não eram ouvidos, nem vão ser...
E o melhor de tudo, no fim ninguém é penalizado por aquilo que afinal é incompetência grosseira.

Usando os exemplos de Baker, se o meu ofício for lavar pratos e regularmente partir a louça toda, não duro muito tempo... Já os economistas (os do Grupo), são todos cunhados do patrão.

1 comentário:

Anónimo disse...

Ser do contra é sempre mais grave. Infelizmente.